Flores perdidas neste quarto sem fim, são dias assim perdidos algures na inocência de um sorriso teu que eu ainda procuro nas noites frias.
Hoje estou carente não de amor ou atenção mas de palavras de motivos por demais motivos de escrita.
Motivos que me façam mexer além do café e do olá com sorrisos trocados, não faz sentido tudo o que sinto e minto para não voltar a cair em braços que não são meus nem deviam nunca ser.
Escrevo prosas para não perder tempo nas palavras e nas rimas, descrevo universos que imagino nas horas que passo perdida no meu sonho…
Tenho tantas palavras e tantas idéias para pôr o mundo à minha maneira e mesmo assim nada me motiva a ser uma pessoa melhor.
E quando tudo parece mistério e nada me cativa aparece mais um mortal com vontade de beijos envenados noites perdidas e saudades de encontrar almas….
São arcos, são espelhos, são pessoas, são beijos e ainda historias para contar. Que ganho com isso? Anos perdidos, historias para netos, nódoas negras e alguma experiência…
Tento palavras sem vontade, sem sentimento, sem importância tento ser idiota, ser quem odeias virando o mundo ao contrario, mas que tenho mais a fazer se vou perder o tecto vou perder o chão e nada vai ficar quando eu virar o tabuleiro abrir mão e o jogo cair por fim… Perdoarias mentiras, palavras que aprendi a dizer para afastar o tempo e a falta de confiança que tu ou nós temos nas palavras das noites contadas em segundos de nada… Não estou triste com a vida que tenho nem com a vida que te dou, estou triste por não morrer nos braços de ninguém por ser mais forte que o veneno que deixo espalhado na minha cama quando te chamo para mim…
Idéias no sitio e algumas conversas que não pretendo acabar vou passando o dia à espera que a noite me leve para um mundo que todos os dias construo com regras e excepções à minha medida e semelhança.
Faz me bastante bem as coisas que escrevo no silêncio da noite enquanto ouço rosas e pinto estrelas no mundo só meu, onde só entram idiotas ou pessoas sem noção…