Sombras

São tantos os fantasmas

As sombras em meu ser

Não luto com a solidão

Procuro-a

Fujo por rotinas apertadas

Dias compridos

A noite encontra-me

Consola a loucura

Num ato de maldade

Na sobriedade de pensamentos

Lembras-me

Recordo-te todas as frases

Embalo-me na melancolia

Adormeço por fim

Por momentos enlouqueço

Uso palavras

Como arma de arremesso

Não meço

Não penso

Magoa

Para na infelicidade do mundo

Fluir a escrita

Matar a saudade

Ficar-te mais perto

Sabendo que estás em mim!