Já vão alguns dias e eu inconstante comigo e com o mundo evito escrever te esta carta de despedida.
Não me despeço para sempre pois esta dor que carrego no meu peito a saudade que vai desflorando na minha alma mantêm te mais presente do que naqueles dias em que demasiado ocupada dizia jantamos depois.
Aquelas tardes em que parecia que o mundo se unia para me contrariar lá estavas tu para me dizer que eram tudo parvoíces e que no dia seguinte o sol ia brilhar outra vez… E já quando as forças te escasseavam e eu sabendo da tua dor fazia do coração um martire para não chorar ao teu lado, e mesmo nessas horas tu sorrias e cheia de esperança dizias que tudo dependia da nossa força de vontade do nosso acreditar…
Eu envolvida na tua alegria e vontade de viver acreditava contigo que era possível outro desfecho para esta malvada sina que se aproximava de ti, ria contigo dava te a mão sentindo esse calor doentio que tomava conta do teu olhar de todo o teu corpo..
Hoje quando rezava por ti vieram me algumas lágrimas das poucas que ainda sobraram do dia que te foste da minha beira que o teu olhar e a tua presença me abandonaram, limpei as e fui me juntar aqueles que de uma maneira ou de outra compreendem a minha dor e sentem tanta saudade como eu.
O teu brilho perdura entre nós a tua força acompanha nos para sempre, eterna saudade!